Uma estação de suprimento de oxigênio no Hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, cessou suas operações nesta quarta-feira (4) em meio a um massacre mortal conduzido por Israel no perímetro da instalação de saúde.
“A estação de oxigênio parou completamente devido a danos nas linhas de fornecimento”, reportou uma fonte de saúde à agência Anadolu.
Segundo a fonte, reparar a instalação parece “impossível” por causa “dos disparos intensos de Israel no entorno do hospital, incluindo ataques a drone”.
A fonte em campo alertou ainda para “grave ameaça” à vida dos pacientes caso a estação não seja reparada com urgência.
O exército israelense voltou a intensificar ataques ao norte de Gaza nesta terça-feira (3), sobretudo em Beit Lahia, onde está situado Kamal Adwan.
Segundo testemunhas, drones dispararam contra residências civis e instalações improvisadas de saúde, muitas das quais tornadas inoperantes ou ativas em capacidade mínima.
Hussam Abu Safiya, diretor do hospital, confirmou que o exército israelense bombardeou a instalação cinco vezes nesta terça-feira, ferindo três profissionais a serviço.
Fontes da imprensa reportaram ainda um novo surto de ataques aéreos de Israel contra a Cidade de Gaza, onde o Hospital Baptista al-Ahli luta para lidar com as baixas em massa, após ser submetido também a sucessivos ataques.
Em outubro, em meio a uma nova escalada ao norte, Israel bombardeou sucessivas vezes os hospitais Kamal Adwan, Al-Awda, Indonésio e Al-Yemen Al-Saeed, no objetivo de coagir as famílias palestinas a esvaziar a área, em meio a esforços de limpeza étnica.
Centenas de pacientes, enfermeiros, médicos e refugiados foram detidos, interrogados e torturados, reportaram numerosas testemunhas.
Em Gaza, no total, são 44 mil mortos, 105 mil feridos e dois milhões de desabrigados em 14 meses, sob cerco absoluto — sem comida, água ou medicamentos.
Israel age em desacato de medidas cautelares por desescalada e acesso humanitário do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio sob denúncia sul-africana desde janeiro.
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