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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Colonos israelenses realizam novos pogroms em Nablus, na Cisjordânia

Carros incendiados por colonos ilegais israelenses durante pogroms na região de Nablus, na Cisjordânia ocupada, em 4 de dezembro de 2024 [Peace Now/X]

Colonos ilegais israelenses atearam fogo em casas e carros palestinos durante uma nova onda de pogroms realizados durante a madrugada nas regiões leste e sul da província de Nablus, na Cisjordânia ocupada, reportou o Centro de Informações da Palestina.

Segundo testemunhos em campo, colonos supremacistas invadiram a área oeste de Beit Furik, no leste de Nablus, e incendiaram uma residência habitada e outra em construção, pertencentes à família Hanani.

De acordo com as fontes, equipes de bombeiros e defesa civil conseguiram controlar três focos de incêndios em Beit Furik: uma casa, uma mercearia e um veículo.

No sul de Nablus, em Huwara, outro grupo de colonos israelenses ateou fogo a uma casa e dois carros.

Segundo fontes em campo, os colonos partiram do assentamento ilegal de Yitzhar para se infiltrarem em Huwara, incluindo uma tentativa de invasão contra a residência da família Odeh. Então, quebraram janelas com coquetéis molotov, causando um incêndio.

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No mesmo bairro, dois outros veículos foram incendiados.

Pogroms contra os palestinos nativos, na Cisjordânia ocupada, se intensificaram em meio ao genocídio israelense na Faixa de Gaza, com ao menos 44 mil mortos, 105 mil feridos e dois milhões de desabrigados sob cerco total — sem comida, água ou medicamentos.

Na Cisjordânia, são 800 mortos, 6.600 feridos e 11 mil presos arbitrariamente no mesmo contexto, à medida que líderes em Israel clamam pela anexação ilegal do território.

As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

A mesma corte reconheceu em julho, em decisão histórica, a ilegalidade da ocupação na Cisjordânia e Jerusalém, ao ordenar evacuação imediata de colonos e soldados, além de reparações aos nativos.

A recomendação de Haia, em setembro, evoluiu a resolução aprovada por maioria de dois terços da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), com prazo de um ano para ser implementada.

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