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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel bombardeou hospital sem alerta prévio, confirma OMS

Danos ao Hospital Kamal Adwan, após bombardeios de Israel, em Beit Lahia, no norte de Gaza, em 6 de dezembro de 2024 [AFP via Getty Images]

Rik Peeperkorn, porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), confirmou que “não houve qualquer alerta oficial ou ordem de evacuação”, por Israel, antes de bombardear o Hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza.

Em lugar de recomendações para proteger civis, incluindo pacientes, reiterou Peeperkorn, houve “apenas rumores que espalharam pânico”.

Em coletiva de imprensa em Genebra, o oficial da OMS reportou que o hospital está agora “minimamente funcional”, ao ressaltar que 12 mil pacientes de todo o enclave dependem de evacuação médica para sobreviver, mas apenas 78 foram evacuados.

Hossam Abu Safieh, diretor do Hospital Kamal Adwan, corroborou que a situação dentro e nos arredores do centro médico é “catastrófica”. Os ataques deixaram diversos mortos e feridos, enfatizou o médico, incluindo quatro colegas assassinados.

“Não restou nenhum cirurgião”, acrescentou Abu Safieh. “A única equipe médica que está realizando cirurgias é a delegação do Hospital Indonésio [também sob ataques], mas eles foram os primeiros a serem forçados a deixar nossa instalação via checkpoint”.

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“Os suprimentos médicos estão se esgotando e temos centenas de vítimas”, advertiu. “O sistema de suprimento de oxigênio foi atacado durante a madrugada e temos apenas dois cirurgiões com pouca experiência disponíveis para realizar operações”.

Israel mantém ataques a Gaza há 14 meses, incluindo a hospitais, abrigos e mesmo rotas de fuga, com mais de 45 mil mortos, 105 mil feridos e dois milhões de desabrigados, sob cerco absoluto — sem comida, água ou medicamentos.

As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

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