Quase 1 milhão de deslocados de Gaza enfrentam frio extremo no inverno

Palestinos sofrem com o aumento do nível da água enquanto a água do mar inunda as tendas improvisadas montadas na praia do Campo de Nuseirat, Gaza, em 26 de novembro de 2024 [Moiz Salhi/Agência Anadolu]

Quase um milhão de palestinos deslocados na Gaza devastada pela guerra correm o risco de frio extremo e chuva neste inverno, alertou a agência da ONU para refugiados da Palestina (UNRWA) no domingo, informou a agência de notícias Anadolu.

“Pessoas deslocadas em Gaza precisam de proteção contra a chuva e o frio. Apenas cerca de 23% dessa necessidade foi atendida, deixando 945.000 pessoas em risco de exposição neste inverno”, disse a agência da ONU em um comunicado.

A ajuda é urgentemente necessária para atender às necessidades esmagadoras à medida que a crise se aprofunda.

A UNRWA disse que civis palestinos na cidade central de Deir al-Balah e em todo o enclave “revisam os escombros de suas casas destruídas, tentando salvar o pouco que resta após um ataque aéreo israelense”.

“À medida que os ataques continuam, as baixas civis aumentam, e casas e infraestrutura vital são reduzidas a ruínas”, disse.

“O custo humano desta guerra é insuportável”, disse a UNRWA, reiterando seu apelo por um cessar-fogo imediato em Gaza para evitar mais sofrimento.

Israel lançou uma guerra genocida na Faixa de Gaza após um ataque do Hamas em outubro passado, matando mais de 44.600 pessoas, a maioria mulheres e crianças, e ferindo quase 106.000.

O segundo ano do genocídio em Gaza atraiu crescente condenação internacional, com autoridades e instituições rotulando os ataques e o bloqueio de entregas de ajuda como uma tentativa deliberada de destruir uma população.

Em 21 de novembro, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.

Israel também enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por sua guerra mortal em Gaza.

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