Um ataque aéreo israelense matou, nesta quarta-feira (11), a jornalista palestina Iman al-Shanti, junto de seu marido e seus três filhos, na região de Sheikh Radwan, logo ao norte da Cidade de Gaza. O bombardeio alvejou diretamente seu apartamento.
No Twitter (X), al-Shanti deixou suas últimas palavras: “É possível que ainda estejamos vivos? Que Deus tenha misericórdia dos mártires”.
O Fórum de Jornalistas da Palestina expressou luto por al-Shanti, ao reiterar que as forças de Israel mataram ao menos 193 jornalistas palestinos em Gaza em 14 meses.
A entidade da categoria denunciou o silêncio da comunidade internacional e a inação em defesa dos trabalhadores de imprensa — categoria protegida —, ao reivindicar garantias, conforme a lei internacional, para que realizem suas funções.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 44 mil mortos e 105 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.
As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
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