O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu nesta quarta-feira (11) que não pretende “interferir” na Síria, de modo que os sírios devem administrar suas próprias questões, reportou a agência de notícias Anadolu.
“O que está acontecendo na Síria não é prioridade para os Estados Unidos”, disse Trump à revista Paris Match. O republicano priorizou, no entanto, dar fim à guerra russo-ucraniana, a partir de sua posse em 20 de janeiro.
Trump chegou a sugerir que resolver as diversas crises em curso no Oriente Médio é ainda mais fácil do resolver a crise na Ucrânia.
“Há muitas crises no mundo”, afirmou Trump. “Tivemos as notícias da Síria recentemente, e eles terão que tratar de suas próprias questões porque não vamos interferir … A França também não vai interferir”.
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Bashar al-Assad, presidente da Síria por quase 25 anos, fugiu para a Rússia — sob o asilo de seu aliado, Vladimir Putin — na manhã de domingo (8), após a tomada de Damasco por forças oposicionistas. Seu partido, Baath, governou a Síria por 61 anos, dos quais 53 anos sob a dinastia Assad.
Trump venceu as eleições americanas contra a vice-presidente democrata Kamala Harris, no início de novembro, ao confirmar o desgaste do incumbente Joe Biden — em parte por sua política externa belicista, sobretudo o apoio ao genocídio de Israel em Gaza.
Trump compartilha a posição a favor da colonização ilegal da Palestina, mas é próximo de Putin, ao instigar ressalvas internacionais de como seu governo deverá abordar a invasão russa ao território da Ucrânia.