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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Liga Árabe condena tomada de terras sírias por Israel, após queda de Assad

Exército israelense na chamada zona neutra das colinas ocupadas de Golã, em Majdal al-Shams, na Síria, em 13 de dezembro de 2024 [Jalaa Marey/AFP via Getty Images]

A Liga Árabe emitiu nesta sexta-feira (13) uma resolução para condenar a expropriação de terras da chamada zona neutra no território sírio por parte de Israel, ao notar que Estados-membros da instituição recorreram ao Conselho de Segurança para realizar uma sessão sobre a matéria.

As informações são da agência Anadolu.

Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores do Egito afirmou que, sob a iniciativa de sua delegação, junto de outros países árabes, a Liga realizou um encontro em sua sede no Cairo, no intuito de esboçar uma postura unificada sobre a nova ocupação israelense de territórios sírios.

Imediatamente após a queda do regime ditatorial de Bashar al-Assad, em 8 de dezembro, o exército israelense capturou a chamada zona neutra das colinas ocupadas de Golã, sob ordens do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ao revogar unilateralmente um acordo de desengajamento mediado pelas Nações Unidas.

Desde então, o exército da ocupação israelense lançou centenas de ataques aéreos, sem qualquer provocação, contra o território sírio, a supostas bases militares e instalações de inteligência, como pretexto para captura ilegal de território.

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O encontro no Cairo culminou em uma resolução para condenar a incursão israelense na Síria, incluindo o Monte Hermon, ponto mais alto do país; contudo, sem ações práticas de países que normalizaram laços com Israel, como Egito, Jordânia e Emirados.

A Liga Árabe, em nota, instou a comunidade internacional a pressionar Israel a cumprir as normas de legitimidade global, sobretudo a Resolução 497 das Nações Unidas, de 1981, que demanda retirada da ocupação das colinas de Golã.

Israel controla ilegalmente Golã desde 1967, quando capturou também Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental. Em 1974, firmou um acordo com a então gestão de Hafez al-Assad, pai de Bashar, para estabelecer uma zona desmilitarizada.

Analistas alertam que os avanços israelenses na Síria denotam planos expansionistas de “Grande Israel”, isto é colonização, somados ao genocídio em Gaza e ataques a Líbano e Cisjordânia, para além de ameaças contra o Irã.

Após a morte de Hafez, em 2000, Bashar herdou o regime, ao governar pelos próximos 25 anos. No domingo passado, 8 de dezembro, Bashar fugiu à Rússia, em meio a um avanço relâmpago de forças oposicionistas a Damasco.

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Em uma quinzena, a oposição arrematou 13 anos de guerra civil via operação surpresa a partir de Aleppo — segunda maior cidade da Síria —, após quatro anos de estagnação do conflito à medida que Assad retomou territórios via ajuda russa e iraniana.

Contudo, com a Rússia concentrada na Ucrânia e tensões entre Irã e Israel, incluindo com um Hezbollah enfraquecido no Líbano, a oposição na Síria parece ter compreendido que uma janela de oportunidade estaria brevemente aberta.

Após a queda de Assad, populares tomaram as ruas e praças em celebração, ao também invadirem seus palácios e abrirem as portas dos cárceres do regime, revelando violações como tortura e libertando presos políticos, incluindo crianças.

Estima-se até 500 mil de mortos pela guerra na Síria, que deslocou metade da população, sobretudo ao exterior.

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