A ong Médicos Sem Fronteiras (MSF) confirmou nesta terça-feira (17) que 12 membros de suas equipes, junto de suas famílias, permanecem presos em suas casas na região de al-Mawasi, densamente povoada, no sul de Gaza, devido aos ataques de Israel.
Em postagem em sua conta da rede social X (Twitter), reportou a organização: “Ao menos outros 30 estão presos também no escritório da Médicos Sem Fronteiras”.
Um membro da equipe, em al-Mawasi, relatou: “Tanques de guerra invadiram a área onde vivemos. Foi aterrorizante. Nos deitamos no chão de nossas casas por horas e horas, mas os disparos pareciam ser lançados diretamente a nós”.
A MSF corroborou a chegada de feridos a sua sala de emergência em al-Mawasi, fechada, no entanto, devido às condições de insegurança, com muitos outros pacientes deixados sem o devido acesso a cuidados para salvar suas vidas.
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A organização expressou temores pela vida de suas equipes e pacientes em Gaza e pediu às partes que protejam civis e trabalhadores humanitários, em busca de um cessar-fogo imediato, duradouro e abrangente.
Israel mantém ataques a Gaza há 14 meses, com 45 mil mortos e 107 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados sob cerco absoluto — sem comida, água, energia elétrica e sequer medicamentos.
Hospitais, escolas, abrigos e mesmo rotas de fuga não foram poupados.
As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
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