A Associação Norueguesa de Futebol (NFF) confirmou a recusa em disputar partidas com a equipe nacional de Israel pelas eliminatórias da Europa para a Copa do Mundo de 2026, ao citar a guerra israelenses contra Gaza, reportou a agência de notícias Safa.
Segundo as informações, a Noruega condicionou a partida a uma investigação conduzida pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) sobre os crimes das forças israelenses na Palestina ocupada.
“A NFF apoia o governo em sua demanda pelo fim dos ataques desproporcionais aos civis inocentes de Gaza”, enfatizou Lise Klaveness, presidente da associação.
“Para nós, o chaveamento é difícil, para além de seu aspecto puramente esportivo”, notou Klaveness. “Nenhum de nós pode ficar indiferente ao que está acontecendo em Gaza, há muito, muito tempo”.
Klaveness foi além, ao confirmar que a Noruega trabalha ativamente por sanções contra a seleção e times israelenses na arena internacional.
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“Israel é ainda parte da UEFA [União das Associações Europeias de Futebol”, comentou a dirigente. “Temos de lidar com isso. Seguimos de perto toda a situação, com a FIFA, UEFA e as autoridades norueguesas”.
As partidas entre Noruega e Israel estavam previstas para 25 de março e 11 de outubro de 2025. Porém, segundo a rede Safa, “uma decisão de boicote da associação [norueguesa] levanta dúvidas sobre se procederá o calendário”.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 45 mil mortos e 107 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados sob cerco absoluto — sem comida, água ou medicamentos.
As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
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As violações em Gaza deflagraram ainda uma crise de relações públicas e diplomacia ao Estado israelense, com cortes de relações e países cada vez mais críticos. Noruega, junto de Irlanda e Espanha, reconheceram, neste contexto, o Estado palestino.
A FIFA, entretanto, procrastina um apelo da Associação de Futebol da Palestina para banir Israel de seus torneios, conforme jurisprudência contra Iugoslávia, por suas violações nos Balcãs; África do Sul, pelo regime de apartheid; e Rússia, pela invasão da Ucrânia.
No Brasil, grupos pró-Palestina — como Frente Palestina São Paulo, Juventude Sanaúd, BDS (Boicote, Sanções e Desinvestimento), e outros — mantêm uma campanha para que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) se somem às denúncias.
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