Um cidadão palestino sucumbiu de ferimento graves infringidos por forças israelenses na terça-feira (17), durante invasão militar à aldeia de Qusra, ao sul da cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada, reportou o Centro de Informações da Palestina.
Fontes locais confirmaram a morte de Subhi Sayel Hasan, de 47 anos, na quarta-feira (18), após ser baleado no peito por soldados israelenses. Hasan estava no telhado de sua casa quando foi atingido por franco-atiradores.
A incursão israelense a Qusra deflagrou confrontos com residentes. As tropas ocupantes responderam aos protestos com gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e até mesmo munição real contra os civis. Dezenas foram levados a hospitais locais.
Os avanços israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém — incluindo pogroms conduzidos por soldados e colonos —, coincidem com o genocídio em Gaza, com 45 mil mortos e 106 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.
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Na Cisjordânia ocupada, são mais de 800 mortos, 6.600 feridos e 11 mil presos por Israel, em uma campanha que dobrou a população carcerária nativa. A maior parte dos presos continua em custódia sem julgamento ou acusação — reféns, por definição.
As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
A mesma corte reconheceu em julho, em decisão histórica, a ilegalidade da ocupação na Cisjordânia e Jerusalém, ao ordenar evacuação imediata de colonos e soldados, além de reparações aos nativos.
A recomendação de Haia, em setembro, evoluiu a resolução aprovada por maioria de dois terços da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), com prazo de um ano para ser implementada.
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