Erdogan diz que a comunidade internacional deve forçar Israel a cessar-fogo no Líbano

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu à comunidade internacional que exerça pressão sobre Israel para que haja um cessar-fogo no Líbano. Erdogan fez seu comentário durante uma coletiva de imprensa conjuntacom o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, na capital turca, Ancara.

“A comunidade internacional deve continuar a pressionar Israel para que cumpra rigorosamente o cessar-fogo”, insistiu ele. “Ele também deve pagar uma indenização pelos danos que causou. Continuaremos a fazer nossa parte nesse sentido.”

Ele explicou que a segurança do Líbano não pode ser vista isoladamente da estabilidade da região e que a paz não pode ser alcançada sem um cessar-fogo e uma paz duradoura em Gaza. A Turquia, disse Erdogan, apoiou o Líbano contra a agressão israelense e continua a fornecer ajuda humanitária diante de qualquer tentativa de atingir a estabilidade, a paz e a unidade do povo libanês.

O presidente acrescentou que Israel matou mais de 4.000 libaneses e deslocou mais de 1,4 milhão de pessoas desde setembro. Ele expressou condolências às famílias das vítimas e orou por misericórdia para as almas dos mortos. Esse não foi o primeiro ataque israelense ao Líbano, ressaltou.

“Quem acredita que pode aumentar sua segurança derramando mais sangue, destruindo mais, aniquilando e massacrando civis está cometendo um grave erro”, disse o líder turco. “Somos testemunhas de que o governo israelense ainda não entende essa realidade ou, mais precisamente, não quer entendê-la.”

Um cessar-fogo precário está em vigor desde 27 de novembro, após a invasão do Líbano por Israel em 23 de setembro. Israel e o Hezbollah vinham trocando tiros através da fronteira desde outubro do ano passado, quando a milícia alegou estar agindo em solidariedade aos palestinos em Gaza.

Israel violou o cessar-fogo em pelo menos 249 ocasiões, matando 30 cidadãos libaneses e ferindo 37, de acordo com relatórios da Agência Anadolu baseados em anúncios do Ministério da Saúde libanês e da Agência de Notícias Libanesa.

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