Palestina lamenta decisão da Suécia de suspender financiamento para agência da ONU

Foto: Palestinos esperam na fila para receber ajuda na escola onde a UNRWA distribui pacotes de alimentos em Deir al-Balah, Gaza, em 7 de novembro de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

A Palestina lamentou, no sábado (21) a decisão da Suécia de interromper o financiamento da agência da ONU para refugiados da Palestina (UNRWA), relatou a Agência Anadolu.

“É uma decisão lamentável da Suécia. Não aceitamos que nenhum país corte seus laços e financiamento com a UNRWA. Transmitimos uma mensagem à Suécia de que a UNRWA é insubstituível”, disse Omar Awadallah, ministro assistente de Relações Exteriores e Expatriados, em uma entrevista à estação de rádio oficial palestina, Voice of Palestine.

Awadallah observou que a Suécia “anteriormente desempenhou um papel importante no apoio à UNRWA”. Ele acrescentou: “É inaceitável substituir a UNRWA ou prejudicar seu trabalho de qualquer forma […] Vamos discutir essa questão com a Suécia e outros países que possam considerar tomar tais ações”.

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O ministro da Ajuda da Suécia, Benjamin Dousa, disse à TV4 sueca, na sexta-feira (20), que a decisão de interromper o financiamento da UNRWA foi devido à proibição israelense da agência da ONU, o que tornaria mais difícil direcionar ajuda aos palestinos por meio dela.

O parlamento de Israel decidiu proibir as atividades da UNRWA nos territórios palestinos ocupados em 28 de outubro, acusando funcionários da agência de cumplicidade no ataque do Hamas no ano passado.

A UNRWA negou as alegações, reafirmando sua neutralidade e foco exclusivo na ajuda aos refugiados. Observou que nenhuma outra organização poderia cumprir efetivamente seu papel.

Mais de 45.200 vítimas foram mortas na Faixa de Gaza desde que Israel iniciou um ataque contra o enclave após um ataque do grupo de resistência palestino, Hamas, em 7 de outubro de 2023. A maioria mulheres e crianças foram mortas, e mais de 107.500 ficaram feridas, de acordo com autoridades de saúde palestinas.

Israel enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por sua guerra mortal em Gaza.

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