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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Quem são os 124 países que devem prender Netanyahu, sob mandado de Haia?

Todos os signatários do Estatuto de Roma, incluindo aliados de Israel, são obrigados, sob a lei internacional a deter e entregar líderes indiciados
23ª Assembleia dos Estados-Membros do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda, em 2 de dezembro de 2024 [Selman Aksünger/Agência Anadolu]

Logo após o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, deferir seus mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, emitiu um lembrete na rede social X (Twitter):

As decisões são vinculativas a todos os Estados-membros do Estatuto de Roma, incluindo todos os Estados-membros da União Europeia.

O premiê e seu ex-ministro são acusados de “crime de guerra de fome como método de combate e crimes de lesa-humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.

Todos os 124 Estados signatários do Estatuto de Roma, tratado que engendrou a corte em Haia, são agora obrigados, sob o direito internacional, a prender ambos os líderes israelenses, caso pisem em seu território, e entregá-los à corte.

É provável que ambos restrinjam bastante suas viagens para evitar o constrangimento de serem presos, como fez Vladimir Putin desde que seu próprio mandado foi emitido em março do último ano, por sua invasão militar na Ucrânia.

Alguns Estados-membros já vacilaram antes sobre suas obrigações: África do Sul e Jordânia, por exemplo, deixaram de prender o autocrata sudanês Omar al-Bashir quando este os visitou, atraindo a ira de grupos de direitos humanos e do tribunal.

Muitos dos Estados agora compelidos a prender Netanyahu e Gallant são, no entanto, aliados de Israel, como França, Reino Unido, Alemanha e Hungria. Muitos destes parecem ainda hesitantes em respeitar suas obrigações no que diz respeito a Netanyahu.

O TPI não tem força de polícia, ao depender da cooperação dos Estados-membros para levar os suspeitos a julgamento.

LEIA: Mandados de prisão do TPI: Os palestinos prevaleceram na “guerra da legitimidade”

A seguir, a lista completa de Estados signatários do Tribunal Penal Internacional, obrigados, portanto, a prender Netanyahu e Gallant:

A

Afeganistão

África do Sul

Albânia

Alemanha

Andorra

Antígua e Barbuda

Argentina

Armênia

Austrália

Áustria

B

Bangladesh

Barbados

Bélgica

Belize

Benim

Bolívia

Bósnia e Herzegovina

Botsuana

Brasil

Bulgária

Burquina Faso

C

Cabo Verde

Camboja

Canadá

Chade

Chile

Colômbia

Comores

Congo

Costa Rica

Costa do Marfim

Croácia

Chipre

D

Dinamarca

Djibuti

Domínica

E

Equador

El Salvador

Estônia

Eslováquia

Eslovênia

Espanha

Estado da Palestina

F

Fiji

Finlândia

França

G

Gabão

Gâmbia

Gana

Grécia

Geórgia

Granada

Guatemala

Guiné

Guiana

H

Honduras

Hungria

I

Ilhas Cook

Ilhas Marshall

Islândia

Irlanda

Itália

J

Japão

Jordânia

K

Kiribati

L

Lesoto

Letônia

Libéria

Liechtenstein

Lituânia

Luxemburgo

M

Macedônia do Norte

Madagáscar

Malawi

Maldivas

Mali

Malta

Maurícia

México

Mongólia

Montenegro

N

Namíbia

Nauru

Nova Zelândia

Níger

Nigéria

Noruega

P

Países Baixos

Panamá

Paraguai

Peru

Polônia

Portugal

Q

Quênia

R

Reino Unido

República Centro-Africana

República da Coreia (Coreia do Sul)

República da Moldávia

República Democrática do Congo

República Dominicana

República Tcheca

Romênia

S

Samoa

San Marino

Santa Lúcia

São Cristóvão e Nevis

São Vicente e Granadinas

Senegal

Sérvia e Montenegro

Seicheles

Serra Leoa

Suécia

Suíça

Suriname

T

Tajiquistão

Tanzânia

Timor-Leste

Trinidad e Tobago

Tunísia

U

Uganda

Uruguai

V

Vanuatu

Venezuela

Z

Zâmbia

LEIA: Em Haia, passo importante ao isolamento internacional do Estado genocida de Israel

Publicado originalmente em Middle East Eye

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a política editorial do Middle East Monitor.

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