Uma jornalista foi morta na cidade de Jenin, na Cisjordânia, em meio a uma operação de segurança palestina na área, disse sua família no domingo (29), informou a Agência Anadolu.
Em um comunicado, a família disse que Shatha Sabbagh foi morta a tiros pelas forças de segurança palestinas na noite de sábado no campo de refugiados de Jenin.
A família responsabilizou a Autoridade Palestina, sediada em Ramallah, por “esse crime completo”, pedindo às organizações locais e internacionais de direitos humanos que “investiguem imediatamente esse crime e responsabilizem os envolvidos no planejamento e na execução”.
O porta-voz da segurança palestina, Anwar Rajab, no entanto, negou a responsabilidade pela morte da jornalista.
Ele disse que investigações preliminares e relatos de testemunhas confirmaram que as forças de segurança não estavam presentes no local.
O porta-voz chamou o assassinato da jornalista de “crime hediondo cometido por bandidos”, dizendo que a Autoridade Palestina “está comprometida em defender o estado de direito e perseguirá os responsáveis pela morte de Sabbagh para levá-los à justiça rapidamente”.
O Sindicato dos Jornalistas Palestinos, por sua vez, pediu uma investigação independente sobre o assassinato e a inclusão de um representante do sindicato para garantir transparência e responsabilidade.
As forças de segurança palestinas lançaram uma operação há quase três semanas contra o que chamam de “foras da lei” no campo de refugiados de Jenin.
De acordo com a mídia local, pelo menos dez pessoas foram mortas na campanha até o momento, incluindo cinco membros da equipe de segurança e cinco civis.
A operação provocou acusações de várias facções palestinas, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica, contra a Autoridade Palestina por ter como alvo os combatentes da resistência no campo.
Na semana passada, a Rede Não Governamental Palestina, que reúne mais de 130 grupos de direitos palestinos, apelou para o diálogo a fim de resolver o conflito em Jenin.
A tensão tem aumentado em toda a Cisjordânia ocupada devido à guerra brutal de Israel contra a Faixa de Gaza, que matou cerca de 44.500 pessoas, a maioria mulheres e crianças, após um ataque do Hamas no ano passado.