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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Blindado israelense fere professores palestinos na Cisjordânia

Blindados israelenses no campo de refugiados de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, em 25 de dezembro de 2024 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Cinco professores palestinos foram feridos neste domingo (5) por um blindado militar israelense que avançou deliberadamente contra seu veículo na região de Ein al-Beida, no Vale do Jordão, na Cisjordânia ocupada.

As informações são da agência de notícias Wafa, corroboradas pela agência Anadolu.

Os feridos foram levados às pressas a um hospital da região.

Em incidente paralelo, colonos ilegais israelenses derrubaram árvores de oliveira em Battir, a oeste de Belém, também na Cisjordânia.

Zaki al-Batta, ex-prefeito de Battir, contou 12 árvores destruídas, no quarto ataque à área nos dias recentes. Segundo o relato, colonos do posto avançado de Nahal Halerz vandalizaram a cerca dos campos alvejados na ocasião.

Em Nahalin, comunidade próxima, colonos ilegais instalaram um novo posto avançado ilegal, em terras de Ein Faris, a oeste da cidade, ao montar dois celeiros de latão para seus animais.

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Segundo o prefeito de Nahalin, Jamal Najajra, o novo posto avançado — ilegal mesmo sob a lei israelense — deve negar aos camponeses palestinos seu acesso a terras ancestrais, estimadas em dois mil dunams.

Ataques de soldados e colonos israelenses nos territórios ocupadas da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, incluindo pogroms, se intensificaram no contexto do genocídio em Gaza, desde outubro de 2023.

No enclave, são 45.800 mortos, 109 mil feridos e dois milhões de desabrigados sob sítio absoluto. Entre as fatalidades, cerca de 17.500 são crianças.

Na Cisjordânia e em Jerusalém, são cerca de 837 mortos, 6.700 feridos e 11 mil presos arbitrariamente, sob campanha de massa que dobrou a população carcerária palestina.

As ações israelenses em Gaza são investigadas como genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia sul-africana deferida há um ano.

Em julho de 2024, a mesma corte reconheceu como ilegal a ocupação israelense de décadas nos territórios de 1967, ao ordenar evacuação imediata de colonos e soldados e reparações aos nativos.

A determinação consultiva, em setembro, evoluiu a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, como voto favorável de mais de dois terços dos Estados-membros e prazo de um ano para ser implementada.

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