Cinco professores palestinos foram feridos neste domingo (5) por um blindado militar israelense que avançou deliberadamente contra seu veículo na região de Ein al-Beida, no Vale do Jordão, na Cisjordânia ocupada.
As informações são da agência de notícias Wafa, corroboradas pela agência Anadolu.
Os feridos foram levados às pressas a um hospital da região.
Em incidente paralelo, colonos ilegais israelenses derrubaram árvores de oliveira em Battir, a oeste de Belém, também na Cisjordânia.
Zaki al-Batta, ex-prefeito de Battir, contou 12 árvores destruídas, no quarto ataque à área nos dias recentes. Segundo o relato, colonos do posto avançado de Nahal Halerz vandalizaram a cerca dos campos alvejados na ocasião.
Em Nahalin, comunidade próxima, colonos ilegais instalaram um novo posto avançado ilegal, em terras de Ein Faris, a oeste da cidade, ao montar dois celeiros de latão para seus animais.
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Segundo o prefeito de Nahalin, Jamal Najajra, o novo posto avançado — ilegal mesmo sob a lei israelense — deve negar aos camponeses palestinos seu acesso a terras ancestrais, estimadas em dois mil dunams.
Ataques de soldados e colonos israelenses nos territórios ocupadas da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, incluindo pogroms, se intensificaram no contexto do genocídio em Gaza, desde outubro de 2023.
No enclave, são 45.800 mortos, 109 mil feridos e dois milhões de desabrigados sob sítio absoluto. Entre as fatalidades, cerca de 17.500 são crianças.
Na Cisjordânia e em Jerusalém, são cerca de 837 mortos, 6.700 feridos e 11 mil presos arbitrariamente, sob campanha de massa que dobrou a população carcerária palestina.
As ações israelenses em Gaza são investigadas como genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia sul-africana deferida há um ano.
Em julho de 2024, a mesma corte reconheceu como ilegal a ocupação israelense de décadas nos territórios de 1967, ao ordenar evacuação imediata de colonos e soldados e reparações aos nativos.
A determinação consultiva, em setembro, evoluiu a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, como voto favorável de mais de dois terços dos Estados-membros e prazo de um ano para ser implementada.
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