O Hezbollah decidiu acatar à indicação do general Joseph Aoun, comandante das Forças Armadas, à presidência do Líbano, reportou Wafiq Safa, diretor da Unidade de Coordenação e Comunicação do movimento libanês.
O movimento, no entanto, rechaçou a candidatura de Samir Geagea, líder do Partido das Forças Libanesas, ao cargo vacante há dois anos.
Os comentários de Safa foram feitos à televisão neste domingo (5), gravados na periferia sul da capital Beirute, onde um atentado israelense executou sumariamente o então secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
“Não temos qualquer veto ao comandante do exército”, disse Safa. “Objetamos apenas Samir Geagea, pois ele representa um projeto de discórdia e destruição do país”.
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Em 28 de novembro, menos de 24 horas após o anúncio de um frágil cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, Nabih Berri, chefe do parlamento libanês, aliado do Hezbollah, anunciou 9 de janeiro como data para as eleições indiretas ao cargo executivo.
Desde outubro de 2022, quando terminou o mandato do então presidente Michel Aoun, o parlamento mantém um impasse de 13 sessões para eleger um novo nome. A mais recente sessão ocorreu em 14 de junho de 2023.
O impasse prolongado incorreu na sexta vacância presidencial na história moderna do Líbano.
Segundo relatos, além de Aoun e Geagea, os principais candidatos são: Elias Baysari, chefe de Segurança Geral, também militar; Neemat Frem e Ibrahim Kanaan, deputados; e Jihad Azour, Ziad Baroud e Jean-Louis Cardahi, ex-ministros. Nem todos, no entanto, confirmaram candidatura.
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