O grupo Ansar Allah, ou houthis, que governa o Iêmen, reportou nesta segunda-feira (6) um ataque ao porta-aviões USS Harry Truman dos Estados Unidos, no norte do Mar Vermelho, além de quatro operações, com mísseis e drones, às regiões sul e central do território considerado Israel.
O anúncio televisionado foi proferido pelo porta-voz militar Yahya Saree, segundo a agência de notícias Anadolu.
Saree explicou que seu contingente conduziu “uma operação significativa contra o porta-aviões USS Harry Truman, com dois mísseis cruzadores e quatro drones, no Mar Vermelho, à medida que as forças americanas preparavam um ataque de larga escala ao Iêmen”.
Saree notou que, mais cedo, outras duas operações foram realizadas: a primeira, contra uma instalação militar israelense na região ocupada de Jaffa–Tel Aviv, com dois drones; a segunda, contra uma área estratégica em Ashkelon, com um drone militar.
Uma terceira operação foi conduzida ainda na noite de segunda-feira, contra outra base militar em Jaffa, com um drone. Todas, segundo o comunicado, obtiveram êxito.
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Desde novembro de 2023, o grupo houthi mantém um embargo de facto a navios ligados a Israel e aliados no Mar Vermelho, como solidariedade efetiva aos palestinos, que somam 45 mil mortos e 109 mil feridos sob as violações israelenses.
As ações houthis tiveram impacto na economia israelense e mesmo na navegação global, ao levar corporações a prescindir do Canal de Suez em favor da rota muito mais extensa e onerosa do Cabo da Boa Esperança, contornando a África.
Em retaliação, a favor de Israel, forças dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha atacaram o Iêmen — considerado o país mais pobre do Oriente Médio.
As ações israelenses seguem em desacato de resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e medidas cautelares por desescalada em Gaza do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio.
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