Emissários caribenhos reforçam apoio à Internacional Antifascista

Festival Internacional Antifascista em Caracas, Venezuela, em 11 de janeiro de 2025 [Screengrab/Agência Anadolu]

Mais de mil representantes de cerca de cem países, ligados à organização intergovernamental Comunidade do Caribe (Caricom), emitiram uma nota conjunta neste sábado (11) para propor esforços de combate aos avanços fascistas na região e no mundo.

A declaração ocorreu no encerramento do Festival Internacional Antifascista, evento de três dias realizado em Caracas, na Venezuela, como extensão das propostas do Congresso Mundial da Juventude e dos Estudantes Antifascistas, em novembro de 2024, na mesma cidade.

A Caricom agradeceu “o Governo Bolivariano e o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) por receber os diversos encontros que levaram ao lançamento deste novo organismo internacional, dentro e a partir do Caribe e da América Latina”

O comunicado saudou ainda a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e os governos e movimentos sociais presentes “por seus respectivos papéis nessa iniciativa histórica, que contribuirá enormemente para combater o acelerado ressurgimento do fascismo nas Américas e na Europa”.

A Caricom expressou ainda apoio à “continuidade do progresso conquistado por governos na República Bolivariana [da Venezuela] desde 2013, quando o presidente Nicolás Maduro recebeu as rédeas do PSUV das mãos do presidente Hugo Chávez”.

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Neste sentido, a organização destacou apoio ao terceiro mandato de Maduro, apesar de ataques dos Estados Unidos e governos alinhados.

“Condenamos os esforços de elementos fascistas e de extrema-direita na Venezuela e no exterior para desestabilizar o governo da República Bolivariana”, reiterou a nota. “Condenamos a decisão da gestão [dos Estados Unidos] de Joe Biden, dias antes de deixar o cargo, de reconhecer como presidente venezuelano alguém senão aquele eleito e empossado em 10 de janeiro, na presença de dois mil delegados de 120 países”.

O comunicado rechaçou ainda uma recompensa de US$25 milhões oferecida pelo governo democrata na Casa Branca pela prisão de Maduro, sem prerrogativa internacional, ao reivindicar da “Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) que condenem a proposta fascista do presidente de saída, ilegal sob as cartas de ambas as instituições”.

“Rechaçamos os esforços frustrados da oposição venezuelana, de alguns dos atuais e ex-presidentes latino-americanos, de governos nos Estados Unidos e na Europa e de supostas organizações de direitos humanos de atacar Maduro e o PSUV, após este vencer 28 das 30 eleições nacionais desde o estabelecimento da República Bolivariana, por Chavéz, em 1999”, acrescentou a declaração.

“Esperamos ansiosamente que a Internacional Antifascista, porventura, conquiste seu objetivo, de enterrar o fascismo na América Latina”, concluiu a nota.

Assinaram a declaração, dentre outros: David Denny, de Barbados; Meritta Hyacinth, de Dominica; Peter David, parlamentar de Granada; Trevor Brown, da Jamaica; Earl Bousquet, de Santa Lúcia; Dexter Rose, de São Vicente e Granadinas; e David Abdullah, de Trinidad e Tobago.

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