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Palestina alerta contra incitação israelense para anexar a Cisjordânia

14 de janeiro de 2025, às 12h11

Veículos militares israelenses no segundo dia de invasão ao campo de refugiados de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, em 25 de dezembro de 2024 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

O Ministério de Relações Exteriores da Palestina alertou nesta segunda-feira (13) para graves consequências da campanha de incitação israelense para avançar de seu genocídio em Gaza à anexação ilegal da Cisjordânia ocupada.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

A chancelaria acusou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de “buscar preservar sua coalisão mediante privilégios ofertados a seus parceiros da extrema-direita, às custas da Cisjordânia”.

Segundo a nota, “Netanyahu usa o ciclo de violência como ferramenta política para permanecer no poder e prolongar seu governo às custas da paz e de um solução política ao conflito, capaz de garantir segurança e estabilidade à região”.

O ministério palestino pediu ação internacional, “para dar fim a esta prolongada e hedionda ocupação”.

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No domingo (11), o ministro de Obras e Habitação israelense, Yitzhak Goldknopf, pediu incentivos para que um milhão de colonos ilegais se assentassem na Cisjordânia. Conforme Goldknopf, Netanyahu tem que “aproveitar a oportunidade” para expandir as obras coloniais na Cisjordânia.

Israel intensificou violações na Cisjordânia em paralelo ao genocídio em Gaza, desde outubro de 2023, com 46 mil mortos e 109 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados sob cerco absoluto — sem água, comida ou medicamentos.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ao menos 874 palestinos foram mortos e 6.700 feridos por soldados e colonos israelenses, incluindo pogroms contra cidades e aldeias.

Em julho de 2024, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) reconheceu a ilegalidade da ocupação israelense de décadas nos territórios palestinos da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, ao instruir evacuação imediata e reparação aos nativos.

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