O ministro das finanças israelense, Bezalel Smotrich, exigiu que a guerra contra a Faixa de Gaza sitiada continue com mais força, informou o Canal 12.
Os meios de comunicação israelenses disseram que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pressionou Smotrich a resistir a um apelo do ministro da Segurança Nacional de extrema direita Itamar Ben-Gvir para deixar o governo se este aprovar um acordo de cessar-fogo.
Após várias consultas na terça-feira, Smotrich, que lidera o Partido do Sionismo Religioso, emitiu uma declaração em vídeo nas redes sociais dizendo que impôs várias condições para aceitar o acordo, incluindo exigir que o exército retome a luta após o cessar-fogo se “o governo do Hamas não for derrubado; reduzindo a ajuda humanitária; controlando uma área na Faixa de Gaza para sempre; e realizando operações para encorajar a emigração de moradores de Gaza.”
“Não permanecerei no governo por um único dia se não voltarmos a lutar até a vitória. Quem sequestrar o sequestrado deve morrer, e após a libertação [dos prisioneiros israelenses em Gaza] devemos retornar e eliminá-lo”, acrescentou.
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Anteriormente, Ben-Gvir descreveu em uma declaração em vídeo que um acordo de cessar-fogo seria como “render-se” ao Hamas e pediu a Smotrich que se juntasse a ele e cooperasse contra a conclusão do acordo.
O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou ontem à noite que um acordo havia sido fechado e entraria em vigor no domingo, no entanto, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse hoje que uma reunião de gabinete para ratificar o acordo não seria realizada, alegando que o Hamas havia recuado no acordo.
O grupo de resistência palestino disse estar totalmente comprometido com o cessar-fogo.