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Catar anuncia que cessar-fogo começa neste domingo às 08h30 de Gaza

18 de janeiro de 2025, às 12h57

Palestinos no Campo de Refugiados de Bureij se esforçam para manter suas rotinas sob condições desafiadoras, cercados por prédios destruídos, já que a implementação de um acordo de cessar-fogo é esperada nos próximos dias na Cidade de Gaza, Gaza, em 17 de janeiro de 2025. [Moiz Salhi/ Agência Anadolu]

O Ministério das Relações Exteriores do Catar anunciou no sábado que o acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza entrará em vigor às 8h30, horário local (06h30 GMT e 03h30 de Brasília), no domingo, 19 de janeiro, conforme relata a Agência Anadolu.

O porta-voz do Ministério Majed Al-Ansari confirmou o desenvolvimento em X: “Conforme coordenado pelas partes do acordo e os mediadores, o cessar-fogo na Faixa de Gaza começará às 8h30 no domingo, 19 de janeiro, horário local em Gaza.”

“Aconselhamos os habitantes a tomarem precauções, exercerem a máxima cautela e aguardarem instruções de fontes oficiais”, acrescentou.

O exército israelense também emitiu uma declaração confirmando sua prontidão para implementar o acordo.

“O acordo entrará em vigor no domingo, 19 de janeiro, às 08h30”, disse o exército israelense em uma declaração, observando que suas forças “executarão o plano operacional no campo de acordo com os acordos estabelecidos.”

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Enquanto isso, o Ministério do Interior e da Segurança Nacional em Gaza anunciou os preparativos para implantar suas forças no enclave após o cessar-fogo entrar em vigor.

O Catar anunciou um acordo de cessar-fogo de três fases na quarta-feira para encerrar mais de 15 meses de ataques israelenses mortais na Faixa de Gaza, com o cessar-fogo previsto para entrar em vigor no domingo.

Quase 46.900 palestinos, a maioria mulheres e crianças, foram mortos e mais de 110.600 ficaram feridos na guerra genocida de Israel em Gaza desde 7 de outubro de 2023, de acordo com autoridades de saúde locais.

O Tribunal Penal Internacional (TPI)  emitiu mandados de prisão em novembro para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.

Israel também enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ)  por sua guerra no enclave.

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