Tropas israelenses que ocuparam ilegalmente território no sul da Síria após a queda do regime de Bashar al-Assad, em dezembro, permanecerão “indefinidamente” no Monte Hermon, prometeu nesta terça-feira (29), durante visita, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz.
Katz insistiu que seu regime não permitirá que “forças hostis” se estabeleçam na região, segundo informações da agência de notícias Reuters.
O Monte Hermon, ponto mais alto da Síria, próximo à fronteira com o Líbano, confere um mirante estratégico à província de Damasco, assim como às colinas sírias de Golã, ilegalmente ocupadas por Israel desde 1967.
Após a fuga de Assad a Moscou, o exército israelense confirmou tomar posições dentro de uma zona desmilitarizada, conforme acordo, sob jurisdição das Nações Unidas, além de avançar adentro do território sírio.
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Oficiais israelenses chegaram a alegar, ao público internacional, que as medidas seriam “limitadas” e “temporárias”, sob pretexto de defesa, mas analistas apontam para intenção declarada de anexação de terras, conforme o projeto de “Grande Israel”.
O avanço de Israel ao território sírio é violação da lei internacional e de diversos acordos, sob reivindicações pela retirada imediata das tropas.
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