A Comissão de Assuntos dos Detidos e Ex-detidos Palestinos e o Clube dos Prisioneiros Palestinos publicou nesta quarta-feira (29) uma lista de 69 palestinos sequestrados de Gaza, cujos nomes foram confirmados por Israel.
Contudo, muitas outras pessoas continuam desaparecidas, sob as práticas de detenção arbitrária e abdução forçada conduzidas pelas tropas israelenses ao longo dos 470 dias de genocídio em Gaza.
As organizações de direitos humanos, que monitoram a pauta dos presos políticos na Palestina ocupada, observaram que as informações disponíveis indicam que os reféns estão espalhados em diversos campos militares e prisionais de Israel.
Informações sobre um outro grupo de prisioneiros, entretanto, não foram concedidas. Espera-se uma nova análise dos fatos para determinar seu destino, após um mês sem resposta desde a negativa israelense.
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Segundo as organizações, os únicos dados oficiais disponíveis sobre palestinos de Gaza nos cárceres da ocupação são do Serviço Penitenciário de Israel (SPI), que reportou, no início de janeiro, manter 1.886 cidadãos em custódia classificados como “combatentes ilegais”, incluindo mulheres e crianças.
Estima-se, porém, que o número de palestinos sequestrados de Gaza alcance milhares, dadas as campanhas de larga escala, registradas em imagens, conduzidas pelo exército israelense no enclave sitiado.
As prisões são acompanhadas de tortura sistemática, levando à morte de dezenas em instalações comparadas a campos de concentração.
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