O exército israelense manteve suas operações na cidade e no campo de refugiados de Tulkarm, na Cisjordânia ocupada, pelo quinta dia consecutivo, confirmou a agência de notícias Wafa.
O ataque tem contado com demolições generalizadas de casas e infraestrutura civil, com danos consideráveis a propriedades públicas e privadas.
Na manhã desta sexta-feira (31), soldados israelenses detiveram cinco rapazes após sitiar suas casas em diferentes partes da cidade. As operações foram levadas a cabo com disparos de armamento pesado e voo baixo de drones militares.
Soldados israelenses sitiaram também uma casa no distrito de al-Muhandisin, no leste de Tulkarm, ao recorrer a autofalantes para coagir os residentes a se renderem. Outro caso ocorreu no sul da cidade, com suporte de veículos blindados.
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No campo de refugiados, também sitiado, tropas israelenses demoliram diversas casas após evacuar à força seus residentes, sob a mira de armas de fogo. Explosões ecoaram pelo campo, junto de incêndios criminosos que tomaram tendas e estruturas.
O exército de Israel manteve ainda seu cerco contra o Hospital Público de Thabet e o Hospital Especializado de al-Israa, ao ocupar edifícios comerciais próximos, incluindo franco-atiradores, e obstruir o acesso de ambulâncias. Trabalhadores de saúde foram revistados e interrogados in loco.
Jornalistas que cobriam os eventos também sofreram ataques deliberados, mediante bombas de efeito moral e munição real. Nagham al-Zayt, repórter, foi ferido com um estilhaço.
Na segunda-feira (27), especialistas e relatores das Nações Unidas advertiram que as operações de Israel na Cisjordânia devem agravar ainda mais a crise humanitária nos territórios ocupados, assim como confrontos com a população nativa.
“Estamos chocados com a escalada letal que varre Jenin e o resto da Cisjordânia”, destacaram os especialistas. “A opressão de Israel parece não ter fim”.
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