O exército da ocupação israelense voltou a invadir a parte oeste da província de Daraa, no sul da Síria, logo nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (30), informaram fontes em campo à rede de notícias Al-Araby Al-Jadeed.
Segundo os relatos, um comboio militar de Israel, com seis blindados e tanques, cruzou as aldeias de Jamla e Abdeen e se posicionou em uma área próxima desta.
Para além da invasão, tropas da ocupação lançaram sinalizadores ao céu, que prenunciaram sobrevoos intensos de aviões israelenses.
Forças israelenses continuam estacionadas nos quartéis de al-Jazeera, na periferia da aldeia de Maariyah, na bacia de Yarmouk, em Daraa, desde 9 de dezembro — um dia depois do ex-presidente Bashar al-Assad fugir à Rússia.
LEIA: Novo governo da Síria exige da Rússia extradição de Assad
O exército israelense instalou ainda postes elétricos e pavimentou estradas para seu uso exclusivo na região, ao sugerir que não há planos de retirada.
Aldeias e cidades em Quneitra e no sudoeste de Daraa vivenciaram um toque de recolher similar às medidas da ditadura assadista entre terça e quinta-feira, com residentes confinados a suas casas.
Na quarta-feira (29), forças da ocupação israelense tratoraram terras agrárias em Jubata al-Khashab, na província de Quneitra.
Fontes locais advertiram que os avanços coincidem com a fortificação de posições militares no sul da Síria, após uma visita do ministro da Defesa de, Israel Katz, aos territórios ocupados na terça-feira (28).
Em campo, Katz prometeu manter as tropas ocupantes na Síria “indefinidamente”, sob alegação de “garantir a segurança dos [colonos] judeus nas colinas de Golã e na região norte, assim como de todos os israelenses”.
Israel ocupou e anexou ilegalmente as colinas sírias de Golã, junto a Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental, na chamada Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Os avanços expansionistas de Israel ao território sírio representam violação de acordos com diversos países e as Nações Unidas, além da lei internacional.
LEIA: Síria pós-Assad cancela contrato de gestão portuária com empresa russa