O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou suas ameaças nesta quinta-feira (30) em torno de uma proposta criminosa de transferir os palestinos de Gaza ao Egito e à Jordânia, apesar de ambos os países rejeitarem a ideia.
“Eles vão fazer isso. Eles vão fazer isso, está bem? Nós fazemos muito por eles e eles vão fazer isso por nós”, alegou Trump a jornalistas, questionado sobre se recorreria a medidas de pressão.
No fim de semana passado, Trump reivindicou a “limpeza” de Gaza, ao reassentar os palestinos nativos a Egito e Jordânia e caracterizar o enclave mediterrâneo como um “sítio de demolição”.
Trump também sugeriu interesse nos recursos naturais de Gaza.
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A proposta de Trump — crime de limpeza étnica sob o direito internacional — sucedeu em pouco um acordo de troca de prisioneiros e cessar-fogo no território palestino, em vigor desde 19 de janeiro, após 470 dias de genocídio israelense em Gaza.
Em Gaza, ataques indiscriminados de Israel destruíram a infraestrutura civil e deixaram ao menos 48 mil mortos, 111 mil feridos e dois milhões de desabrigados.
A ideia do presidente americano recebeu críticas generalizadas, incluindo países árabes e islâmicos e mesmo aliados europeus, como a França.
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