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Relator da ONU acusa Israel de cometer genocídio em Gaza

1 de fevereiro de 2025, às 15h09

Palestinos retornando ao bairro de Magrafe em Gaza após o acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros entre Hamas e Israel, enfrentam destruição em massa, em 31 de janeiro de 2025. [Hassan Jedi/Agência Anadolu]

O relator especial da ONU sobre o direito à moradia, Balakrishnan Rajagopal, advertiu que os palestinos em Gaza enfrentam hoje enormes desafios depois da destruição causada por Israel, a quem acusou de cometer genocídio.    

Em uma declaração emitida, ele criticou o governo de Benjamin Netanyahu por deixar para trás a maior devastação “que já vimos desde a Segunda Guerra Mundial” (1939-1945).

A destruição do enclave costeiro não tem precedentes em seu escopo, brutalidade e enorme impacto sobre a população, disse ele.

De acordo com Rajagopal, o exército destruiu 80% das casas no território desde o início de sua campanha de guerra em outubro de 2023.

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A prioridade agora é fornecer assistência humanitária para que as pessoas possam viver, disse ele.

O relator também pediu o início do processo de reconstrução em Gaza, que, de acordo com várias fontes, pode levar anos e custar bilhões de dólares.

“O que aconteceu em Gaza é um verdadeiro genocídio porque cria condições que tornam a vida impossível e tornam Gaza inabitável”, disse ele.

Ele alertou que o atual cessar-fogo entre o Hamas e Israel “não significa que o genocídio tenha parado”.

O genocídio continuará enquanto Gaza for inabitável para sua população e enquanto existirem condições que possam levar à eliminação total ou parcial do povo palestino, disse ele.

Publicado originalmenente em Prensa Latina