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Netanyahu presenteia Trump com pager de ouro, agradece ‘maior amigo’ de Israel

7 de fevereiro de 2025, às 10h20

Pager de ouro presenteado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump [Gabinete de Imprensa do Governo de Israel]

O premiê de Israel Benjamin Netanyahu presenteou o presidente dos Estados Unidos Donald Trump com um pager de ouro durante sua visita à Casa Branca, na terça-feira (4), em celebração dos atentados terroristas da agência Mossad no Líbano, em setembro de 2024, confirmou o gabinete de imprensa do governo em Tel Aviv.

Segundo a assessoria de Netanyahu, o presente “simboliza a decisão do primeiro-ministro que levou a um ponto de virada na guerra e início da dissuasão do grupo terrorista Hezbollah”.

“A operação manifesta poder, superioridade tecnológica e astúcia de Israel contra seus inimigos”, acrescentou.

O pager dourado, com uma mensagem que diz “Aperte com ambas as mãos”, foi dado a Trump junto a uma plaquinha: “Ao presidente Donald J. Trump, nosso maior amigo e maior aliado. Do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.”

Trump e Netanyahu, para além de declarações supremacistas, compartilham problemas na justiça por corrupção e peculato.

Mais de mil pessoas, incluindo civis, foram feridas em 17 de setembro quando o Mossad israelense detonou pagers e walkie-talkies nas ruas libanesas.

Pessoas comparecem à cerimônia fúnebre realizada para Fatima Abdullah, que morreu em uma explosão de pager, no distrito de Saraain Al Faouqa, em Beqaa, Líbano em 18 de setembro de 2024 [Suleiman Amhaz/Agência Anadolu]

Os atentados — junto a assassinatos de lideranças políticas — escalaram a uma guerra aberta com o Hezbollah, após um ano de troca de disparos através de fronteira, que se encerrou em cessar-fogo, em novembro, sem avanços de Israel.

A crise coincidiu com o genocídio israelense em Gaza, pelo qual Netanyahu é foragido por crime de guerra e lesa-humanidade em 120 países, conforme mandado de prisão deferido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.

Em Gaza, as ações israelenses deixaram mais de 47 mil mortos e dois milhões de desabrigados, suspensas também sob capitulação a um cessar-fogo com o grupo palestino Hamas, em vigor desde 19 de janeiro.

No Líbano, foram quatro mil mortos, 16 mil feridos e 1.4 milhão de desabrigados, sobretudo entre setembro e novembro.

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