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Israel liberta novo grupo de prisioneiros palestinos sob acordo de Gaza

Um ônibus da Cruz Vermelha, com 42 palestinos a bordo, chegou em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em meio a uma multidão, que se reuniu desde a manhã para receber os ex-prisioneiros.

8 de fevereiro de 2025, às 12h39

O exército israelense libertou um novo grupo de prisioneiros palestinos de suas cadeias neste sábado (8), sob o acordo de cessar-fogo em Gaza estabelecido com o movimento palestino Hamas.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Um ônibus da Cruz Vermelha, com 42 palestinos a bordo, chegou em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em meio a uma multidão, que se reuniu desde a manhã para receber os ex-prisioneiros.

Os palestinos foram libertados da prisão militar de Ofer, perto de Ramallah, conforme acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros em vigor desde 19 de janeiro.

Conforme a Sociedade do Crescente Vermelho da Palestina, ao menos sete dos ex-prisioneiros foram internados rapidamente em centros médicos especializados por condições precárias de saúde.

O Gabinete de Informações sobre os Prisioneiros, administrado pelo Hamas, reportou que dois ônibus com ex-reféns palestinos chegaram ao Hospital Europeu na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, através da travessia de Kerem Shalom.

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Os prisioneiros de Gaza também foram recebidos com festa de milhares de pessoas, confirmou um repórter em campo da Anadolu.

Em troca de três israelenses, libertados em cerimônia realizada pelas forças de resistência, em Deir al-Balah, Tel Aviv deve libertar 183 prisioneiros palestinos.

Até então, dezesseis israelenses e cinco operários tailandeses foram libertados sob o acordo de Gaza, em vigor desde 19 de janeiro, contra centenas de palestinos detidos arbitrariamente nas prisões da ocupação.

Muitos dos palestinos liberados exibiram problemas grave de saúde, incluindo perda de peso significativa, ao denunciar política deliberada de fome nas cadeias e campos de concentração de Israel.

Israel lançou ataques indiscriminados a Gaza a partir de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas e grupos aliados conduziram uma ação transfronteiriça sem precedentes que resultou na captura de colonos e soldados.

O Estado israelense reagiu, no entanto, com punição coletiva, ao deixar 47 mil mortos, 111 mil feridos e dois milhões de desabrigados até o cessar-fogo.

Netanyahu é acusado de ter procrastinado um acordo, às custas dos reféns, em causa própria, sob receios de colapso de seu governo.

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Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TIJ), em Haia, emitiu mandados de prisão contra Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e contra a humanidade conduzidos em Gaza.

O Estado israelense é também réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.