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Israel mata mais um palestino de Gaza, em violação do cessar-fogo

12 de fevereiro de 2025, às 13h25

Destruição em Khan Younis, na Faixa de Gaza, devido aos bombardeios de Israel, em 12 de fevereiro de 2025 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

O exército da ocupação israelense matou mais um palestino e feriu outro em Rafah, no extremo sul de Gaza, nesta quarta-feira (12), em mais uma violação do acordo de troca de prisioneiros e cessar-fogo firmado com o movimento Hamas.

Segundo uma fonte médica, “um mártir e um ferido em estado grave” chegaram no Hospital Europeu de Khan Younis, devido a um ataque a drone israelense contra um grupo de civis no leste de Rafah.

Testemunhas relataram que o drone lançou um foguete diretamente contra residentes que inspecionavam a destruição de suas casas na região de Abu Halawa.

Segundo números atualizados do Ministério da Saúde de Gaza, desde 19 de janeiro, quando entrou em vigor o cessar-fogo, ataques israelenses deixaram ao menos 118 mortos, além de 822 feridos.

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Uma fonte confirmou cerca de 270 violações no período, em particular, do protocolo humanitário, com obstrução de entrada de tendas e casas pré-fabricadas ao enclave destruído por 15 meses de genocídio conduzido por Israel.

Na segunda-feira (10), o Hamas anunciou adiar a libertação dos prisioneiros de guerra israelenses, prevista para o fim de semana, devido ao descumprimento israelense dos termos do cessar-fogo.

Em resposta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu — procurado em 120 países sob mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) — ameaçou nesta terça-feira retomar os ataques de larga escala.

As ameaças do premiê coincidem com as de seu aliado na Casa Branca, Donald Trump, que prometeu converter Gaza em um “inferno na terra”, caso o Hamas não cumpra — unilateralmente — o prazo de sábado à meia-noite.

Gaza continua destruída, com mais de 48 mil mortos e dois milhões de desabrigados após 470 dias de genocídio conduzido por Tel Aviv — como investigado pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, desde janeiro de 2024.

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