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Forças israelenses matam a tiros três palestinos, em meio a ataques na Cisjordânia

13 de fevereiro de 2025, às 14h13

Veículos militares de Israel nas ruas do campo de refugiados de Nur Shams, em Tulkarm, na Cisjordânia ocupada, em 12 de fevereiro de 2025 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Soldados da ocupação israelense mataram a tiros três residentes palestinos do campo de refugiados de Nur Shams, na região de Tulkarm, no norte da Cisjordânia, confirmou nesta quinta-feira (13) o exército ocupante.

Segundo as forças coloniais, o incidente ocorreu na noite de quarta-feira.

O exército israelense, em comunicado, assumiu a execução em campo de 60 palestinos “armados” — no entanto, sem provas. Reconheceu também a prisão de 210 outros e a destruição de 30 instalações de infraestrutura “terrorista”, durante suas operações nas cidades e campos de refugiados do norte da Cisjordânia, desde 21 de janeiro.

Segundo a ong Médicos Sem Fronteiras (MSF), os massacres israelenses em Jenin e Tulkarm, no entanto, deslocaram à força 38 mil civis.

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A escalada colonial na Cisjordânia ocupada coincide com o cessar-fogo em Gaza, desde 19 de janeiro, após 470 dias de genocídio, com ao menos 48 mil mortos e dois milhões de desabrigados.

Na Cisjordânia, junto aos ataques a Gaza, soldados e colonos israelenses mataram ao menos 910 palestinos e prenderam até 11 mil arbitrariamente.

Em janeiro de 2024, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), deferiu a denúncia sul-africana de genocídio contra Israel, levando o regime colonial ao banco dos réus da corte em Haia pela primeira vez.

Em julho, a mesma corte reconheceu a ilegalidade das décadas de ocupação israelense na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, ao instar evacuação imediata de todos os soldados e colonos e reparações aos nativos.

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