Forças israelenses removeram à força alunos e fecharam uma escola administrada pela Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) na cidade ocupada de Jerusalém, reportou a agência de notícias Wafa.
Segundo o governo local, soldados invadiram o Colégio de Ensino Fundamental para Meninos do distrito de Wadi al-Joz, para ordenar o fechamento da instituição, assim como a evacuação de todos os estudantes.
A invasão sucede a proibição do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, contra as atividades da UNRWA em Jerusalém, incluindo representação, serviços e qualquer comunicação com oficiais ocupantes.
Jerusalém foi anexada ilegalmente por Israel em 1980, medida jamais reconhecida internacionalmente.
Em maio de 2024, a UNRWA se viu forçada a fechar sua sede na cidade sob ataques de colonos ilegais incitados por membros do regime. O prédio das Nações Unidas chegou a ser incendiado duas vezes em apenas uma semana.
LEIA: Proibição de Israel será ‘desastrosa’, alerta chefe da UNRWA
Em 10 de outubro, a Autoridade de Terras de Israel — órgão colonial — determinou apreensão do lote que abriga o escritório da UNRWA no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada, para dar lugar a 1.440 casas de colonos.
Israel alvejou ainda o Centro de Treinamento de Kalandia (KTC), administrado pela UNRWA, via ordem de 14 de janeiro de 2024 para que a agência vague o espaço e pague US$4.76 milhões em multas ao regime ocupante.
A UNRWA concede serviços essenciais, incluindo ajuda humanitária, saúde e educação, a mais de 110 mil refugiados palestinos somente em Jerusalém, ao operar dois campos na cidade ocupada, Shuafat e Kalandia.