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Palestinos sofrem frio e tortura nas cadeias de Israel, reitera organização de direitos

19 de fevereiro de 2025, às 16h20

Prisioneiros palestinos chegam a Gaza através da travessia de Kerem Shalom, em Khan Younis, 15 de fevereiro de 2025 [Abood Abusalama/Middle East Images/AFP via Getty Images]

Palestinos em custódia enfrentam reiterados maus tratos e tortura nas mãos das autoridades carcerárias de Israel, voltou a denunciar a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos (SPP), órgão que monitora a pauta.

Segundo o porta-voz Amjad Al-Najjar, com base em relatos de advogados que visitaram prisioneiros, estes vivem ainda ameaças caso reportem seu abuso.

Em conversa com a rádio Voice of Palestine, Al-Najjar descreveu condições severas no presídio de Megiddo, onde palestinos sofrem maus tratos e frio extremo por conta da política de punição coletiva, incluindo falta de roupas e cobertores, adotada por Israel.

Ao citar um palestino recém-libertado, Al-Najjar destacou que colegas de cela se veem forçados a compartilhar vestuário e cobertores para sobreviver ao inverno, ao recorrer até mesmo a uma espécie de rodízio: alguns dormem à noite, outros de dia.

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A organização de direitos humanos destacou ainda denúncias de “crimes sistemáticos e ataques retaliatórios” das autoridades israelenses contra os prisioneiros, sobretudo, no contexto recente, na prisão de Ofer na Cisjordânia.

Palestinos libertados das cadeias de Israel relatam fome e abusos físicos e psicológicos. Fotografias confirmam perda de peso e sinais de tortura, com alguns com clara dificuldade de locomoção ou mesmo membros amputados ainda em custódia.

Em nota, o Monitor de Direitos Humanos Euromediterrâneo, condenou o tratamento desumano imposto por Israel aos prisioneiros palestinos, ao descrever as instituições coloniais como “instalações de tortura institucionalizada” ou mesmo “cemitérios dos vivos”.

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