O exército israelense manteve sua escalada mortal contra os palestinos na Cisjordânia ocupada, reportou a agência de notícias Anadolu.
Nesta quinta-feira (20), tropas ocupantes demoliram uma residência de um palestino acusado — executado sem o devido processo — de conduzir um ataque a faca contra soldados e colonos na Cisjordânia, em agosto 2024.
Segundo testemunhas, soldados evacuaram os residentes de uma casa de três andares e explodiram o local, em Salfit, no norte da Cisjordânia.
Por anos, Israel adere a uma política de demolição de casas como punição coletiva contra famílias de palestinos suspeitos em eventuais ações da resistência orgânica. Punição coletiva, porém, é crime sob a lei internacional.
A demolição desta quinta coincidiu com uma série de invasões letais no norte da Cisjordânia, com ao menos 60 mortos e milhares de feridos desde janeiro.
O exército israelense enviou reforços ao campo de refugiados de Jenin, incluindo tratores para demolir residências e infraestrutura civil.
Tensões permanecem altas na Cisjordânia em paralelo ao genocídio em Gaza, com ao menos 920 mortos, sete mil feridos e 11 mil presos arbitrariamente desde outubro de 2023, segundo dados oficiais.
Em setembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas, por maioria ampla, corroborou uma decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), ao reconhecer a ilegalidade da ocupação israelense e requerer a evacuação de soldados e colonos, com prazo de um ano para ser implementada.
LEIA: EUA suspendem recursos a polícia da AP, em meio a cortes internacionais