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Exército israelense mantém escalada mortal na Cisjordânia ocupada

20 de fevereiro de 2025, às 15h04

Soldados israelenses bloqueiam acesso ao campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, em 19 de fevereiro de 2025 [Nasser Ishtayeh/SOPA Images/LightRocket via Getty Images]

O exército israelense manteve sua escalada mortal contra os palestinos na Cisjordânia ocupada, reportou a agência de notícias Anadolu.

Nesta quinta-feira (20), tropas ocupantes demoliram uma residência de um palestino acusado — executado sem o devido processo — de conduzir um ataque a faca contra soldados e colonos na Cisjordânia, em agosto 2024.

Segundo testemunhas, soldados evacuaram os residentes de uma casa de três andares e explodiram o local, em Salfit, no norte da Cisjordânia.

Por anos, Israel adere a uma política de demolição de casas como punição coletiva contra famílias de palestinos suspeitos em eventuais ações da resistência orgânica. Punição coletiva, porém, é crime sob a lei internacional.

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A demolição desta quinta coincidiu com uma série de invasões letais no norte da Cisjordânia, com ao menos 60 mortos e milhares de feridos desde janeiro.

O exército israelense enviou reforços ao campo de refugiados de Jenin, incluindo tratores para demolir residências e infraestrutura civil.

Tensões permanecem altas na Cisjordânia em paralelo ao genocídio em Gaza, com ao menos 920 mortos, sete mil feridos e 11 mil presos arbitrariamente desde outubro de 2023, segundo dados oficiais.

Em setembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas, por maioria ampla, corroborou uma decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), ao reconhecer a ilegalidade da ocupação israelense e requerer a evacuação de soldados e colonos, com prazo de um ano para ser implementada.

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