O exército da ocupação israelense lançou na manhã desta sexta-feira (21) uma série de ataques aéreos ao longo da fronteira sírio-libanesa, ao alegar, sem provas, que a região fora usa para tráfico de armas do grupo Hezbollah.
Em nota, insistiram as forças coloniais: “Nossos jatos combatentes atingiram rotas de transporte ao longo da fronteira, utilizadas pelo Hezbollah para tentar contrabandear armamentos ao Líbano”.
Israel seguiu ao acusar o Hezbollah, mediante tais supostas ações, de “violar os entendimentos do cessar-fogo israelo-libanês”.
Segundo registros oficiais, incluindo da missão de paz das Nações Unidas, foi Tel Aviv, no entanto, quem cometeu quase mil violações do acordo, com dezenas de mortos e feridos, desde 27 de novembro.
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Nesta quinta-feira (20), o jornal Israel Hayom confirmou ataques aéreos israelenses contra a cidade de Homs, na Síria.
Desde a deposição do regime de Bashar al-Assad, em 8 de dezembro de 2024, Israel mantém dezenas de bombardeios a localidades na Síria, além de invasão por terra à zona neutra previamente acordada ao longo da fronteira de Golã ocupada.
A tomada israelense da região, incluindo Monte Hermon, com vista estratégica para a capital síria Damasco, viola acordos de desengajamento de 1974.
O Líbano vivenciou 13 meses de troca de disparos transfronteiriços entre o exército israelense e o grupo Hezbollah, incluindo dois meses de invasão por terra e ataques aéreos indiscriminados no sul do país e mesmo na capital, Beirute.
A escalada coincidiu com o genocídio israelense em Gaza, com 48 mil mortos e dois milhões de desabrigados, entre outubro de 2023 e janeiro de 2025.
No Líbano, até o cessar-fogo de 27 de novembro, quatro mil pessoas foram mortas, além de cerca de 1.4 milhões de deslocados à força.
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