O vice-presidente do parlamento de Israel (Knesset), Nissim Vaturi, membro do partido governista Likud, caracterizou os cidadãos palestinos de Gaza como “sub-humanos”, ao reivindicar abertamente seu assassinato em massa.
Segundo Vaturi, as forças israelenses deveriam separar mulheres e crianças e então executar todos os homens adultos.
Vaturi insistiu que “a comunidade internacional sabe que o povo de Gaza não é bem-vindo em nenhum lugar e que todo mundo está empurrando o problema para Israel”.
O deputado pediu ainda a destruição de Jenin, na Cisjordânia ocupada, sob cerco e invasão do exército israelense, incluindo a presença de tanques de guerra. Sobre as operações em curso, reconheceu: “Transformaremos Jenin em Gaza”.
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Vaturi afirmou previamente que Israel lidava com a população de Gaza de maneira “leniente demais”, apesar dos 470 dias de genocídio que mataram 48.300 pessoas, sobretudo mulheres e crianças.
Suas declarações ecoam falas desumanizantes, que corroboram dolo genocida, de lideranças israelenses.
No início dos ataques a Gaza, o então ministro da Defesa, Yoav Gallant, descreveu os palestinos como “animais humanos”, seguido pelo premiê Benjamin Netanyahu, que convocou uma “guerra santa contra as crianças das trevas”.
Para o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, é imperativo executar sumariamente os palestinos em custódia nas cadeias de Israel — em maioria, sem julgamento ou mesmo acusação; reféns por definição.
O rabino supremacista Eliyahu Mali pediu, por exemplo, a morte de todos os palestinos de Gaza, ao citar supostas interpretações da lei judaica.
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