Sírios deslocados em Idlib passam o Ramadã em campos em meio a crescentes lutas

Centenas de milhares de famílias que vivem em acampamentos de tendas em Idlib, noroeste da Síria, estão passando este Ramadã longe de casa, despreparadas e lutando, após a queda do regime Baath, informou a agência de notícias Anadolu.

Ao longo da guerra civil de 14 anos na Síria, os bombardeios do regime deposto de Assad e seus apoiadores deslocaram centenas de milhares de civis, deixando muitos sem casas e recursos básicos.

Quase dois milhões de sírios deslocados que vivem nos campos de refugiados de Atmeh, perto da fronteira Síria-Turquia, não conseguem voltar para casa devido aos campos cheios de minas, vilas destruídas, lutas diárias para garantir alimentos e altos custos de reconstrução que os impedem de reconstruir suas casas.

De acordo com a Coordenação de Intervenção da Síria, cerca de 120.000 civis deixaram os campos de tendas e retornaram para várias províncias da Síria nos últimos três meses.

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De acordo com a Coordenação de Intervenção da Síria, cerca de 120.000 civis deixaram os campos de tendas e retornaram para várias províncias da Síria nos últimos três meses.

Abdulhamid Muhammed, deslocado de Abu Zuhur em Idlib em 2019, declarou que, apesar da queda do regime de Assad, ele ainda não pode retornar para sua vila. Ele disse que muitos que vivem nos campos de tendas não conseguem pagar os suprimentos básicos do Ramadã devido ao aumento dos custos e às dificuldades contínuas.

Durante a maior parte de março, o Ramadã é um mês sagrado para os muçulmanos, marcado pelo jejum diurno, introspecção, senso de comunidade e ajuda aos menos afortunados.

Menar Yusuf, que foi deslocada de Kefrenbil, Idlib, depois que sua casa foi destruída em 2019 por ataques do regime, disse que se eles retornassem, teriam que trazer suas tendas com eles. Ela espera que, durante este mês sagrado, pessoas generosas ofereçam apoio.

Fatma Ahras, outra moradora do campo que espera passar o Ramadã com dignidade, também observou que eles mal podiam comprar pão e apelou para instituições de caridade e organizações de ajuda para que forneçam alimentos e suprimentos essenciais.

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