EUA reportam drone desaparecido; houthis afirmam abatê-lo

Um drone americano MQ-9 Reaper desapareceu no Mar Vermelho na segunda-feira (3), no mesmo dia em que o grupo Ansar Allah, ou houthis, do Iêmen admitiu responsabilidade por abatê-lo.

Um oficial de Defesa dos Estados Unidos confirmou que o Comando Central perdeu contato com o drone, embora sem confirmar a ofensiva.

Na terça-feira (4), a imprensa ligada ao exército iemenita divulgou imagens da destruição da peça. O vídeo documentou o rastreamento e o momento do ataque, conduzido por um míssil superfície-ar nos céus de Hudaydah. 

Mais cedo, as Forças Armadas anunciaram que suas defesas aéreas haviam abatido com sucesso um drone “hostil”, após este violar o espaço aéreo iemenita para conduzir “missões invasivas”.

Yahya Saree, brigadeiro-general e porta-voz do exército iemenita, comentou o incidente: “Esta aeronave é a 15ª que nossas defesas aéreas abatem com sucesso, em apoio à resistência em Gaza e no Líbano”.

LEIA: Houthis prometem retomar ações para confrontar violações de Israel em Gaza

Saree reiterou que suas forças “estão absolutamente preparadas para lidar com quaisquer desenvolvimentos futuros”.

Para um oficial americano, no entanto, “caso verdade, este é mais outro exemplo das ações irresponsáveis dos houthis apoiados pelo Irã, que ameaçam a estabilidade regional [sic]”.

A perda do drone coincide com a decisão de Washington de classificar novamente os houthis como “organização terrorista”.

No contexto do genocídio em Gaza, os houthis lançaram um embargo de facto a navios ligados a Israel no Mar Vermelho, com um impacto na economia israelense e nas rotas de comércio internacional.

Em resposta, Estados Unidos e aliados lançaram bombardeios ao Iêmen.

Os houthis então intensificaram operações contra veículos aéreos e marítimos na região, incluindo 12 MQ-9 Reapers americanos abatidos desde então.

Cada drone é estimado em US$30 milhões, usado para inteligência, mas também ataque de precisão.

LEIA: Espiões britânicos são presos no Iêmen, afirma líder houthi