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Unicef: 90% dos palestinos em Gaza não têm acesso à água limpa

12 de março de 2025, às 17h16

Palestinos deslocados que ficam em tendas improvisadas na área de al-Mawasi estão tentando atender às suas necessidades diárias enchendo galões de água com água distribuída por caminhões-tanque em Khan Yunis, Gaza, em 02 de março de 2025 [Ashraf Amra/ Agência Anadolu]

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) disse ontem que a grave escassez de água na Faixa de Gaza atingiu níveis críticos, observando que nove em cada dez pessoas não conseguem acessar água potável.

Rosália Bollen, uma autoridade da Univef em Gaza, disse que 600.000 pessoas que recuperaram o acesso à água potável em novembro de 2024 estão mais uma vez isoladas.

“É realmente vital para milhares de famílias e crianças restaurar essa conexão”, disse ela.

As agências da ONU estimam que 1,8 milhão de pessoas; mais da metade delas crianças, precisam urgentemente de água, saneamento e assistência de higiene.

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A ONU diz que a situação se deteriorou ainda mais após a decisão de Israel no domingo de cortar a energia do enclave, interrompendo operações vitais de dessalinização.

Por sua vez, a Relatora Especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos, Francesca Albanese, condenou a decisão de Israel, descrevendo-a como um aviso de genocídio.

“ALERTA DE GENOCÍDIO! Israel cortando o fornecimento de eletricidade para Gaza significa, entre outras coisas, nenhuma estação de dessalinização funcionando, ergo: nenhuma água limpa”, escreveu Albanese no X.

 

No domingo, o Ministro de Energia e Infraestrutura de Israel, Eli Cohen, decidiu interromper imediatamente o fornecimento de eletricidade para a Faixa de Gaza, uma decisão que o Hamas considerou uma continuação da guerra de extermínio de Tel Aviv contra Gaza.

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