Em uma declaração emitida ontem, o exército iemenita alertou que qualquer embarcação israelense que tentasse violar o bloqueio seria alvo dentro das zonas operacionais designadas. “Essa proibição permanecerá até que as travessias para Gaza sejam reabertas e a ajuda humanitária, incluindo alimentos e medicamentos essenciais, tenha permissão de entrada”, dizia a declaração.
O Brigadeiro-General Yahya Saree, porta-voz do exército, confirmou que o bloqueio entrou em vigor imediatamente e reafirmou o compromisso de Sanaa em apoiar a resistência palestina. “As Forças Armadas Iemenitas saúdam o firme povo palestino em Gaza e na Cisjordânia”, afirmou.
A decisão ocorre enquanto a fome paira sobre Gaza. O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, alertou ontem que o enclave enfrenta os estágios iniciais de uma “verdadeira fome” devido ao bloqueio contínuo de Israel, impedindo a entrada de suprimentos de alimentos pelo décimo dia consecutivo. Ele chamou a situação de “violação flagrante” dos acordos de cessar-fogo que visavam garantir o fluxo irrestrito de ajuda.
O bloqueio naval marca a mais recente escalada do Iêmen em resposta à crise humanitária em Gaza, desencadeada pela guerra genocida lançada pelo exército de ocupação, com autoridades alertando que novas ações militares podem ocorrer se Israel não cumprir.
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