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Rússia diz que 9.000 sírios fugindo da violência se refugiaram em sua base aérea

14 de março de 2025, às 10h19

Esta foto aérea mostra civis se refugiando da violência na base russa de Hmeimim, na província mediterrânea de Latakia, na Síria, em 11 de março de 2025. [Omar Haj Kadour/ AFP / Getty Images]

A base aérea russa em Hmeimim, na Síria, está abrigando cerca de 9.000 pessoas que buscam refúgio de uma onda de violência sectária, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Maria Zakharova na quinta-feira, informou a Reuters.

Hmeimim é uma das duas bases militares na Síria que a Rússia espera manter, apesar da derrubada de seu aliado, o ex-presidente Bashar Al-Assad, por rebeldes sírios em dezembro.

“Eles estavam buscando refúgio, simplesmente entendendo que era uma questão de vida ou morte”, disse Zakharova aos repórteres, acrescentando que a maioria dos civis que se abrigavam lá eram mulheres e crianças.

A violência sectária na Síria colocou as forças de segurança do governo interino contra combatentes da minoria alauíta de Assad. Centenas de civis alauítas foram mortos no que o Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse serem represálias após ataques às forças de segurança. O presidente interino Ahmed Al-Sharaa disse que a morte dos alauítas “ameaça a unidade da Síria”.

A queda de Assad, a quem Moscou apoiou por anos na guerra civil da Síria, foi um duro golpe para seus interesses no Oriente Médio.

A Rússia está tentando construir relações com a nova liderança síria sob Al-Sharaa. Enquanto isso, o futuro da base de Hmeimim e da instalação naval de Tartus permanece incerto.

Zakharova disse que a Rússia está fazendo de tudo para garantir a segurança de seus cidadãos e instalações na Síria, e está em contato ativo com os estados árabes, Turquia e Irã para tentar garantir a estabilização de longo prazo do país. A Rússia ficou chocada com a violência e esperava que os perpetradores fossem punidos, ela acrescentou.

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