Rússia diz que 9.000 sírios fugindo da violência se refugiaram em sua base aérea

33 minutos ago

A base aérea russa em Hmeimim, na Síria, está abrigando cerca de 9.000 pessoas que buscam refúgio de uma onda de violência sectária, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Maria Zakharova na quinta-feira, informou a Reuters.

Hmeimim é uma das duas bases militares na Síria que a Rússia espera manter, apesar da derrubada de seu aliado, o ex-presidente Bashar Al-Assad, por rebeldes sírios em dezembro.

“Eles estavam buscando refúgio, simplesmente entendendo que era uma questão de vida ou morte”, disse Zakharova aos repórteres, acrescentando que a maioria dos civis que se abrigavam lá eram mulheres e crianças.

A violência sectária na Síria colocou as forças de segurança do governo interino contra combatentes da minoria alauíta de Assad. Centenas de civis alauítas foram mortos no que o Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse serem represálias após ataques às forças de segurança. O presidente interino Ahmed Al-Sharaa disse que a morte dos alauítas “ameaça a unidade da Síria”.

Sharaa da Síria: A matança de alauítas ameaça nossa unidade

A queda de Assad, a quem Moscou apoiou por anos na guerra civil da Síria, foi um duro golpe para seus interesses no Oriente Médio.

A Rússia está tentando construir relações com a nova liderança síria sob Al-Sharaa. Enquanto isso, o futuro da base de Hmeimim e da instalação naval de Tartus permanece incerto.

Zakharova disse que a Rússia está fazendo de tudo para garantir a segurança de seus cidadãos e instalações na Síria, e está em contato ativo com os estados árabes, Turquia e Irã para tentar garantir a estabilização de longo prazo do país. A Rússia ficou chocada com a violência e esperava que os perpetradores fossem punidos, ela acrescentou.

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