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Em meio à ofensiva de Israel, Hamas convoca protestos pela Palestina

25 de março de 2025, às 16h13

Palestinos fogem após um ataque aéreo israelense atingir o campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, lançando nuvens de fumaça para o céu em 25 de março de 2025. [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) convocou para as próximas sexta-feira (28), sábado (29) e domingo (30) protestos em todo o mundo em solidariedade ao povo palestino e em protesto contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental e Cisjordânia ocupadas.

Em nota publicada nesta terça-feira (25), o grupo palestino pede ainda a condenação ao apoio que os Estados Unidos (EUA) têm dado às ações militares de Israel.

“Apelamos às massas de nossas nações árabes e islâmicas, aos povos livres do mundo e a todos aqueles que defendem a justiça e a liberdade para ver a próxima sexta-feira, sábado e domingo como uma oportunidade para aumentar a pressão sobre a ocupação para parar seus ataques e acabar com o cerco e a matança de civis desarmados, incluindo crianças e mulheres. Isso também é para expor o apoio dos EUA à guerra genocida da ocupação contra nosso povo”, escreveu, em nota, o Hamas.

Israel quebrou o acordo de cessar-fogo instituído no dia 19 de Janeiro e retomou os ataques à Gaza no último dia 18 de março, causando a morte de, ao menos, 800 pessoas, a maioria mulheres e crianças, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.

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Nessa segunda-feira (24), foram assassinados os jornalistas da rede de TV Al Jazerra, do Qatar, Hossam Shabat, e da TV Palestine Today, Mohammad Mansour, que cobriam a guerra em Gaza.

Também nesta segunda-feira, o cineasta palestino Hamdan Ballal, vencedor do Oscar 2025 de melhor documentário com No Other Land (Sem outra terra, em tradução livre), foi agredido por colonos israelenses na Cisjordânia e posteriormente preso por militares de Israel.

A escalada da violência, o que inclui o ataque ou destruição de hospitais em Gaza, fez o Hamas apelar aos protestos para pressionar os Estados ao redor do mundo para que pressionem Israel para encerrar os ataques.

Segundo o Hamas, “o total apoio e cumplicidade da administração dos EUA, juntamente com o silêncio da comunidade internacional”, exigem uma mobilização popular contra a guerra.

“Apelamos para uma escalada e continuação de todas as formas de protestos e marchas de solidariedade em todos os centros, cidades e capitais do mundo. Todos os meios possíveis devem ser usados ​​para quebrar o cerco, parar as mortes e acabar com a fome”, diz o comunicado.

O grupo palestino que atua em Gaza pediu ainda aos governantes das nações árabes e islâmicas que assumam suas responsabilidades históricas “pois o inimigo sionista está cometendo os crimes mais hediondos contra a terra, o povo e os locais sagrados da Palestina”.

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Publicado originalmente em Agência Brasil