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Agência de migração da ONU diz que 20 milhões precisam de ajuda para sobreviver no Iêmen

27 de março de 2025, às 13h22

Somalis, fugidos da guerra, vivem em tendas improvisadas no Campo de Refugiados de Ajlaniye na Cidade de Hadramut, Iêmen, em 02 de julho de 2023 [Ali Ebubekir Tokcan – Agência Anadolu]

Enquanto o Iêmen marca o 11º ano de conflito, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) alertou na quarta-feira que o sofrimento no país “nunca parou”, pois quase 20 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária para sobreviver, relata a Agência Anadolu.

Mais de 4,8 milhões de pessoas continuam deslocadas, muitas vivendo em abrigos improvisados ​​com acesso limitado a alimentos, assistência médica e proteção, disse a OIM em um comunicado.

Mulheres e crianças continuam enfrentando riscos elevados de violência, desnutrição e problemas de saúde, enquanto choques climáticos como enchentes e secas pioram a situação já terrível, observou.

“A guerra no Iêmen desapareceu da atenção global, mas para aqueles que a vivem, o sofrimento nunca parou”, disse a diretora-geral da OIM, Amy Pope. “Agora, mais do que nunca, a solidariedade global é necessária para evitar que milhões sejam deixados para trás.”

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Enquanto isso, dezenas de milhares de migrantes que esperam transitar pelo Iêmen permanecem presos em “condições brutais”, disse a agência. Quase 60.900 migrantes chegaram ao país somente em 2024, muitos sem meios de sobreviver.

Com programas de ajuda críticos enfrentando graves déficits de financiamento, incluindo o programa de Retorno Humanitário Voluntário da OIM, Pope pediu ação internacional imediata.

“Cada dia sem ação significa mais sofrimento, mais vidas perdidas e menos esperança para o futuro”, ela alertou.