Enquanto o Iêmen marca o 11º ano de conflito, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) alertou na quarta-feira que o sofrimento no país “nunca parou”, pois quase 20 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária para sobreviver, relata a Agência Anadolu.
Mais de 4,8 milhões de pessoas continuam deslocadas, muitas vivendo em abrigos improvisados com acesso limitado a alimentos, assistência médica e proteção, disse a OIM em um comunicado.
Mulheres e crianças continuam enfrentando riscos elevados de violência, desnutrição e problemas de saúde, enquanto choques climáticos como enchentes e secas pioram a situação já terrível, observou.
“A guerra no Iêmen desapareceu da atenção global, mas para aqueles que a vivem, o sofrimento nunca parou”, disse a diretora-geral da OIM, Amy Pope. “Agora, mais do que nunca, a solidariedade global é necessária para evitar que milhões sejam deixados para trás.”
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Enquanto isso, dezenas de milhares de migrantes que esperam transitar pelo Iêmen permanecem presos em “condições brutais”, disse a agência. Quase 60.900 migrantes chegaram ao país somente em 2024, muitos sem meios de sobreviver.
Com programas de ajuda críticos enfrentando graves déficits de financiamento, incluindo o programa de Retorno Humanitário Voluntário da OIM, Pope pediu ação internacional imediata.
“Cada dia sem ação significa mais sofrimento, mais vidas perdidas e menos esperança para o futuro”, ela alertou.