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Maioria dos canadenses apoia proibição de armas a Israel e ordem de prisão para Netanyahu

27 de março de 2025, às 14h38

Membros da diáspora palestina, estudantes e apoiadores locais da causa palestina se reúnem durante a manifestação de emergência “Rage For Gaza!” do lado de fora da Assembleia Legislativa de Alberta em Edmonton, Canadá, em 19 de março de 2025. [Artur Widak/ Agência Anadolu]

Mais da metade dos canadenses apoia a manutenção da proibição de vendas de armas para Israel, com quase metade apoiando sua expansão para incluir um embargo total de armas bidirecional, de acordo com uma pesquisa recente, relata a Agência Anadolu.

A pesquisa da Mainstreet Research, encomendada pelo Conselho Nacional de Muçulmanos Canadenses (NCCM), descobriu que 55% dos entrevistados apoiam a proibição do Canadá de exportações de armas para Israel devido à situação na Faixa de Gaza.

Além disso, 49% acreditam que o Canadá deve ir mais longe, restringindo a venda de peças de armas, serviços militares e treinamento para Israel.

A pesquisa revelou forte apoio público aos mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant.

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Mais de 56% disseram que o Canadá deve manter a decisão do TPI, o que teoricamente poderia levar à prisão de Netanyahu se ele entrasse no país.

Entre os eleitores do Partido Liberal, o apoio ao reconhecimento do mandado do TPI é particularmente alto, com 70% a favor. Os eleitores conservadores estão divididos igualmente sobre a questão, com metade apoiando a prisão de Netanyahu ou não tem certeza.

A pesquisa foi realizada em uma amostra de 1.090 canadenses entre 22 e 23 de março, com uma margem de erro de +/- 3% em um nível de confiança de 95%.

O Canadá anunciou uma proibição completa de todas as remessas de armas para Israel em março de 2024. A ministra das Relações Exteriores Melanie Joly disse que a decisão seguiu uma moção parlamentar que foi aprovada com uma maioria significativa.

Em setembro, o Canadá anunciou que estava suspendendo 30 licenças para vendas de armas para Israel e cancelou um contrato com uma empresa dos EUA para vender munição feita em Quebec para o exército israelense.

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