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Carta de quase mil militares da Força Aérea Israelense pede o fim da guerra em Gaza

10 de abril de 2025, às 09h50

Uma frota de caças e aeronaves de reabastecimento aéreo decolou da base aérea militar na costa do Mar Vermelho, em Eilat, Israel, em 20 de julho de 2024. [Forças de Defesa de Israel (IDF)/Agência Anadolu]

Quase 1.000 militares da Força Aérea Israelense publicaram uma carta hoje pedindo o fim da guerra em Gaza e o retorno dos prisioneiros israelenses de lá, informou o jornal israelense Haaretz.

“Atualmente, a guerra serve principalmente a interesses políticos e pessoais, não a interesses de segurança. A continuação da guerra não contribui para nenhum de seus objetivos declarados e levará à morte de reféns, soldados israelenses e civis inocentes, e ao desgaste das forças de reserva das IDF [exército de ocupação]”, escreveram reservistas ativos e ex-oficiais de alto escalão na carta.

“Como já foi comprovado no passado, somente um acordo pode trazer os reféns de volta em segurança, enquanto a pressão militar leva principalmente à morte dos reféns e à colocação de nossos soldados em perigo”, continuaram, alertando: “Cada dia que passa coloca suas vidas em risco.”

Após a publicação, o Chefe do Estado-Maior do Exército israelense, Eyal Zamir, e o comandante da Força Aérea israelense, Major-General Tomer Bar, anunciaram sua decisão de dispensar os reservistas da ativa do serviço militar, caso não retirem suas assinaturas..

Apesar disso, apenas 25 dos 970 reservistas da Força Aérea israelense que assinaram a carta concordaram com a retratação.

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