O Exército israelense informou aos estudantes de escolas militares que eles estão proibidos de participar dos protestos semanais realizados em Tel Aviv, exigindo a devolução de reféns israelenses mantidos na Faixa de Gaza.
O Canal 12 noticiou na quinta-feira: “Estudantes da escola de oficiais do Exército israelense disseram que estão proibidos de participar da marcha na Praça dos Reféns, que acontece todos os sábados.”
O canal acrescentou: “Não se trata de aparecer uniformizados, como acontece quando eles voltam para casa no fim de semana.”
“A justificativa dada pelos comandantes aos estudantes é que há uma ordem emitida pelo exército proibindo os soldados de participarem de manifestações políticas, e a manifestação em relação aos reféns é uma delas”, continuou.
O canal israelense noticiou: “Os estudantes tentaram explicar aos seus comandantes que se tratava de uma tentativa de apoiar as famílias dos reféns, mas a ordem permaneceu em vigor.”
LEIA: “Estamos mais perto do que nunca de uma guerra civil”, diz ex-primeiro-ministro
O gabinete do porta-voz do exército israelense respondeu: “Não há nenhuma ordem proibindo o acesso à Praça dos Reféns. O caso aqui descrito está sob investigação”, sem fornecer mais detalhes.
A proibição ocorre em um momento em que petições continuam sendo protocoladas por soldados israelenses, desde reservistas que podem ser convocados para o serviço até soldados aposentados, incluindo ex-comandantes de alto escalão.
As famílias dos reféns israelenses mantidos em Gaza realizam uma manifestação todos os sábados à noite na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, para pressionar o governo a devolvê-los.
As famílias temem que a pressão militar do governo de Netanyahu sobre Gaza, em vista do genocídio, coloque a vida de seus filhos em perigo. Isso ocorre em um momento em que seus apelos por um acordo para a libertação de seus filhos estão crescendo.
As famílias acusam o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de priorizar seus interesses pessoais e políticos em detrimento da salvação de seus entes queridos.
Tel Aviv estima que haja 59 prisioneiros israelenses na Faixa de Gaza, 24 dos quais ainda estão vivos. Mais de 9.500 palestinos sofrem em suas prisões, sob tortura, fome e negligência médica. Muitos morreram, de acordo com relatos da mídia e de direitos humanos palestinos e israelenses.
LEIA: Netanyahu diz que carta de reservistas pelo fim da guerra visa derrubar o governo