Centenas de ativistas participaram de uma marcha realizada na capital, Túnis, na sexta-feira, exigindo a promulgação de uma lei criminalizando a normalização com Israel, que trava uma guerra de genocídio na Faixa de Gaza há 18 meses.
A Coordenação de Ação Conjunta pela Palestina convocou a marcha, que começou na Praça Bab El-Khadra e seguiu em direção ao prédio do Parlamento.
Uma faixa com os dizeres: “O povo quer criminalizar a normalização com a entidade sionista e interromper a cooperação militar e de segurança com os Estados Unidos” estava à frente da marcha, de acordo com um correspondente da Agência Anadolu.
Centenas de ativistas também hastearam bandeiras de facções da resistência palestina e libanesa e seguraram cartazes com os dizeres “Criminalizem a normalização”, “A Palestina não está à venda… Onde está a criminalização da normalização?” e ”O povo quer criminalizar a normalização”.
Na quinta-feira, a Coordenação de Ação Conjunta pela Palestina anunciou sua intenção de organizar uma marcha em massa na sexta-feira sob o lema “Dia Tunisiano para Criminalizar a Normalização”.
LEIA: Erdogan acusa Israel de terrorismo
A principal reivindicação é “a promulgação de uma lei que criminalize a normalização com o inimigo sionista, a demissão do embaixador dos EUA e o fim da cooperação militar e de segurança com os EUA, envolvidos na agressão contra nosso povo na Palestina, Líbano, Iêmen e Síria”.
Esta marcha ocorre em um momento em que Israel intensifica sua guerra genocida contra a Faixa de Gaza, com o apoio dos EUA, desde outubro de 2023.
Em novembro de 2023, o Parlamento tunisiano não ratificou uma lei que criminalizava a normalização com Israel, após o presidente da Assembleia dos Representantes do Povo, Ibrahim Bouderbala, anunciar o adiamento da votação.
Por sua vez, o presidente tunisiano, Kais Saied, comentou sobre a controvérsia em torno da decisão de adiar a votação, afirmando:
“A posição da Tunísia sobre a normalização é inabalável em sua rejeição. O termo ‘normalização’ não tem lugar no meu dicionário”.
LEIA: Outro brasileiro-palestino desnutrido e sob maus-tratos em masmorra “israelense”