Dezesseis sudaneses foram declarados mortos devido a doenças como cólera, dengue, febre do vale Rift (RVF) e chikungunya, segundo relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA) divulgado na última quinta-feira (26).
O relatório estima que 1.082 pessoas pegaram alguma dessas doenças.O UNOCHA declarou que “nos últimos meses, o Sudão passou a enfrentar surtos de doenças, incluindo cólera, dengue, febre do vale Rift (RVF) e chikungunya.” Até a data de 22 de outubro de 2019, o relatório revelou que “323 possíveis casos de cólera, incluindo dez mortes, foram registrados nos estados de Cartum, Sennar e Nilo Azul.”
O relatório também revelou “535 casos de dengue, incluindo duas mortes, nos estados de Kassala, Mar Vermelho, Darfur do Norte, Darfur do Sul e Darfur Ocidental, desde o início dos surtos em 8 de agosto até 22 de outubro de 2019.” Segundo a agência da ONU, “de todos os casos registrados, 96.6 por cento afetaram pessoas com mais de cinco anos de idade e 57 por cento são do sexo feminino.”
O relatório registrou também “193 casos de RVF, incluindo quatro mortes, nos estados de Cartum, Nilo e Mar Vermelho, entre 28 de setembro e 22 de outubro de 2019.” O documento relata que “de todos os casos registrados, 94.8 por cento afetaram pessoas com mais de cinco anos de idade e 83 por cento são do sexo masculino.”
Em relação à chikungunya, “há 31 casos de chikungunya registrados nos estados de Darfur do Norte, Darfur do Sul e Darfur Ocidental, entre 2 de outubro de 22 de outubro de 2019.”
O documento observou que o aumento de casos dessas doenças “pode ser relacionado às enchentes que recentemente tomaram o país e deixaram enormes poças de água parada, que são local de reprodução para diversos tipos de vetores como mosquitos e moscas.”
O UNOCHA declarou que as autoridades do governo e seus parceiros humanitários estão ativamente reagindo aos surtos epidêmicos por todo o país, ao fornecer assistência médica, campanhas de vacinação e intervenções de combate aos insetos vetores.
A agência da ONU também estimou que até 13.200 pessoas estão vulneráveis ao contágio e podem pegar cólera no decorrer dos próximos seis meses.